
Esse é o ano onde só uma coisa importa:

Ta bem, nem só do hexa na copa vive o brasileiro, afinal, temos um compromisso antes de começar a copa e talvez não estejamos tão preparados como a seleção brasileira.

Para bem falar a verdade o cenário político atual exige uma candidatura preparação tão boa quanto de uma seleção para a copa do mundo. Se nós, eleitores, não estamos preparados para todos os embates das eleições imagine os candidatos.
O que posso e garantir é que toda candidatura está buscando entender as duas coisas que mais importam nas eleições: os eleitores e os dados do eleitores.
Por aqui vamos conversar sobre Marketing Político e Marketing Eleitoral. Qual o cenário para 2022 e como buscar estrategicamente o interesse dos eleitores.
Vamos por partes, serão duas:
- Dados dos eleitores e eleitores;
- Marketing Político e Marketing Eleitoral.

Dados dos Eleitores!
Essa é uma eleição onde o eleitorado apresenta um grande grau de envolvimento para majoritárias, porém que não promete converter para as proporcionais com a mesma força de 2018. Tudo isso devido a um grande grau de rejeição das lideranças majoritárias.
Uma pesquisa recente revelou que 64% do eleitorado de São Paulo não votaria num candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro e 51% não votaria em um candidato apoiado por Lula. Esse índice de rejeição aponta para necessidade de uma campanha voltada para necessidade do eleitor.
A tendência de abstenção para 2022 gira em torno de 25% e a falta desse eleitor presente impacta não só as eleições majoritárias, mas também as proporcionais. Pensa comigo…
Se 1/4 do eleitorado não se sente motivado para votar ou não possui candidato certo para majoritária federal, então é necessário motivá-lo com aquilo que importa para o eleitorado esse ano: mudança concreta de vida.
Como um político pode mudar a vida de seu eleitor? Obras e projetos. Por isso mesmo que uma pesquisa apontou que 29% dos eleitores possui como argumento mais relevante para votar em um(a) deputado(a) o quanto ele trouxe de obra e verba aplicada na região. Essa dado do eleitor revela o quanto candidatos com mandato ou integrantes do governo (secretários) possuem vantagem.
Também vale mencionar que deputado(a) precisa sim de propostas de mandato claras e diretas, até porque 20% do eleitorado utiliza desse quesito como principal fator de decisão na hora do voto. Esse eleitorado possui tantos dados que, para surpresas de muitos, indicou que apenas 7% creditam a honestidade como fator principal e só 10% atribui ao apoio dado ou não pelo prefeito.
Observando a importância dada ao apoio de prefeitos e o grau de rejeição da eleição para presidente é possível concluir que o eleitorado tá dizendo: “É cada um por si, me convença porque já decidi tudo que irá determinar meu voto.” Até por isso é preciso compreender a baixa margem para a eleição federal, pois 70% do eleitorado disposto a votar já definiu sua escolha.
Por fim, vamos debater uma máxima sobre o brasileiro. Alguns dizem por aí: Brasileiro tem memória curta!
Não é bem assim. Certo, produção?
Pesquisas indicam que quando tratamos de eleição para Presidência da República 6 em 7 eleitores lembram em quem votou, até mesmo se não votou. Esse dado indica um eleitor preocupado com seu voto e engajado, buscando e recebendo informações o suficiente para manter viva a memória. Indica uma campanha que pode, e deve, se usar de elementos nostálgicos para relembrar atos realizados ou transformações de mandato.
Quando a pesquisa trata da memória eleitoral para Deputado Federal, Estadual e Senador o cenário é diferente: 51,7% não se recorda em quem votou para senador(a) e 51,8% não se recorda do voto para deputados(as). Esse dado poderia indicar falta de interesse do eleitorado, porém atribui-se muito mais ao exercício do mandato com ausência de informações e contato com o eleitorado. Esse dado indica a necessidade, para quem possui mandato, de uma pré campanha com foco em informar transformações reais, apresentar e propor. Já para quem não possui mandato é o momento de se apresentar como um referencial, propor com base em conhecimento real e atacar as não realizações nas áreas de autoridade.
A campanha de 2022 de monstra um grande número de jovens, devido a campanha e também ao envolvimento político que demonstra 37% dos jovens com interesse médio em política e 17% com alto interesse.


Existe um nível de interesse por faixa etária que deveria servir de base para, somado aos dados de autoridade do(a) candidato(a), servir de base para estratégia de marketing.
Isso vai muito além de ganhar seguidores em rede social, mas muito além mesmo!
Se a sua campanha (como equipe ou candidato) se reúne para discutir número de seguidores em rede social pare tudo e por favor faça duas coisas AGORA:
1) Peça desculpa a equipe de social media por tamanho absurdo e desrespeito profissional;
2) Passe a discutir estratégias de base digital. Cada tema, uma base. Cada faixa etária, uma base. Cada região, uma base. Cada realização, uma base.
Estamos em 2022, na era dos dados. Ninguém consome e produz tantos dados quando essa geração, também nenhuma geração de eleitores foi tão cética quanto essa. É fundamental construir bases para formação de um conjunto de produtores de dados/conteúdo favoráveis a candidatura, ou seja, o popular boca a boca.
Se em 2019, após a última eleição federal, 45% dos eleitores se diziam influenciados pelas redes sociais é claro que a eleição desse ano necessita de uma comunicação que atenda a necessidade de dados que o eleitor pede.
É fundamental entender, quando falamos de comportamento e dados dos eleitores, que o fator determinante para o voto não é o que as pessoas estão mais preocupadas com coisas que as influenciam diretamente, do que com conseguir informações sobre algum político.
O eleitorado é o centro de uma campanha política, do marketing eleitoral. O político é o centro do marketing político, que é aquilo que ele faz entre o período eleitoral (mandato e carreira política). Esse é um papo para o próximo tópico!
Uma dica de ouro…
Quando estiver planejando comunicar algo faça ao seu time ou a você mesmo(a) uma pergunta:
Quem vai ficar feliz com isso que será informado é o candidato ou o eleitor?
Se a resposta for o eleitor tá tudo certo, pode seguir; se a resposta for candidato(a) e eleitor também ta tudo certo, segue o baile; Se a resposta for apenas o(a) candidato(a) corra desse imprensado e só siga se for uma obrigação (ou valer seu emprego); por fim, se a resposta for nem eleitor(a) nem candidato temos um erro de comunicação, rasga e planeja outra coisa.
Vale destacar.
Uma parte do eleitorado decide o voto no dia e essa parte fica com aquilo que tocou na campanha. Pode ser uma promessa, a lembrança de uma realização, a ligação com o candidato a majoritária local, até mesmo um jingle chiclete ou uma campanha mais descontraída/próxima do eleitorado.

Marketing Eleitoral e Marketing Político!
Começo citando uma frase que ouvi de Gabriel Rossi, querido professor de marketing eleitoral:
Marketing é janela e não espelho!
Isso diz o óbvio: uma campanha não irá refletir outra igual, mas deve abrir o olhar para aquilo que o cenário demonstra.
Adianta imitar estratégia? Não. Adianta imitar discurso? Não. resumindo: Faça uma campanha original, mesmo que defensa as mesmas pautas e possua a mesma autoridade em temas que alguma referência.
Tudo começa com conceito:
Marketing é criar valor e entregar valor ao cliente (eleitor) satisfazendo suas necessidades.
Marketing político é o conjunto de atividades que um político realiza visando atender as necessidades da população e interesses políticos do candidato. É a autoridade, reputação e proximidade construída durante o mandato, mas também pode ser trabalhado quando um político de carreira está sem mandato vigente.
Marketing Eleitoral é a campanha. O famoso “pau na máquina”. Aqui também é fundamental que a candidatura defina o perfil de desejo que propõe: manutenção ou mudança. É onde estão reconhecidos os anseios e desejos da sociedade para promover as ações eleitorais devidas.
Conceitos aplicados, vamos ao cenário para as eleições de 2022:
Vimos anteriormente que há um nível de interesse similar entre as gerações para essa eleição. Isso significa mais trabalho, pois é preciso se comunicar de diferentes formas para atingir diferentes públicos que existem são alvo.
Estamos vivendo uma eleição onde o eleitorado procura se encaixar em grupos e isso é atribuído ao comportamento social digital. Não confunda com comportamento de rede social, certo?
Socialmente as pessoas se influenciam e influenciam de acordo com contexto que estão inseridas e interagem nele via redes sociais.
Devido ao contexto das redes sociais é preciso saber e por em prática que cada rede possui seu contexto e seu comportamento, ainda mais para o marketing eleitoral.
Não existe rede social vigente em decadência, muito pelo contrário. Também não existe essa que a televisão acabou e agora tudo é internet.
Uma pesquisa realizada pela agência senado revela que televisão (37%), redes sociais (24%) e páginas na internet (23%) são os veículos procurados para se informar sobe política.
Quando se trata de rede social o facebook (35%) e Instagram (27%) lideram o interesse, porém é preciso compreender a importância de mobilização de militância do twitter e o poder de viralização do tiktok.
O cenário para 2022 pede um candidato polvo, ou seja, que tenha capacidade de tocar naquele público que suas áreas de autoridade alcançar. E, principalmente, no ano em que o excesso de informação faz tudo parecer passageiro é fundamental que o marketing seja memorável e a construção de imagem seja forma fortalecer os pontos de decisão do voto:
- Opinião do candidato sobre assuntos contemporâneos;
- História de vida do candidato/realizações/resultados;
- Propostas do núcleo de autoridade em plano de governo ou parlamentar.
É possível determinar que o eleitorado precisa ser convencido a ir votar, devido ao número de abstenção, depois é preciso ter número lembrado, pois uma parte considerável do eleitorado decide de última hora. A motivação para isso está na transformação de vida e a melhor forma de se realizar isso é fazer parte da vida do eleitor se comunicando com ele, fazendo parte do dia a dia, dando a ele a certeza que só uma candidatura é possível para uma vida melhor: a sua!
O cenário é um só: A centralidade do eleitor no contexto do seu comportamento.
Gostou?
Me conta AQUI ou manda um email para cai@jogueaisca.com que continuamos esse papo!
Só existe uma opção para nossa vida: vencer e ser feliz!
Energia lá em cima!